Hello Miami

Éhhhh parece meio cena de filme… sair de uma decepção e embarcar em uma viagem de aventuras por Miami, mas foi bem assim que meu voo LATAM 8012 em 25 de março 2014 decolou para os EUA. Loucuras na vida, todos nós cometemos, mas comprar uma passagem para o exterior um dia antes do embarque é algo que ainda está vivo em mim. Tudo começou quando um amigo me fez o convite para acompanha-lo em uma TRIP rumo a Flórida, os planos já estavam traçados, seriam 10 dias de compras, festas e boas recordações. Desafio aceito, passagem comprada, embarque realizado. Vou descrever neste post um pouco do que vivi, das boas experiências e o que recomendaria em uma viagem a Miami.

Como dito anteriormente, a viagem já estava planejada, entrei de cabeça nos planos do Marcelo e fui aproveitar tudo com ele. Sinceramente, agradeço muito pelo convite, voltei com outra cabeça na época, não há nada melhor no mundo para resfriar sua mente do que um avião, lá de cima sem conexão, tudo fica mais claro e nossos problemas começam a ficar infinitamente pequenos perto da imensidão das possibilidades que esse planeta nos proporciona. Mas antes de começar a filosofar, vou dar início de fato ao primeiro instante da viagem, o aeroporto.

Saí sozinho de Goiânia com destino a Miami, porém até chegar as praias de águas cristalinas, tomei um chá de aeroporto. Meu trajeto foi, GYN – GRU – BEL – MIA, ufa … cheguei. Já era noite quando estava sobrevoando Miami, mas as luzes da cidade já me traziam um sentimento de “Viva seu American Dream!” hahahah.  Desembarquei sem bagagem de mão, e fui diretamente ao setor de migração. Não tem segredo, apenas siga o fluxo de pessoas até o saguão principal da segurança, bandeira americana gigante no teto, placas em inglês e um frio na barriga para testar seu idioma enferrujado. De repente: Sir, please. Perguntas básicas como: Que você faz? Férias ou trabalho? Quantos dias vai ficar? Onde vai ficar? Foram respondidas com um pouco de nervosismo, mas passei pela primeira prova de fogo na América. Virando a esquerda, já vi as esteiras de bagagem. Como todo brasileiro, uma mala velha e praticamente vazia me aguardava.

Com a mala na mão, minha segunda prova começava, pegar um Shuttle. Para quem não sabe do que se trata, são vans com preços mais em conta para te levar até um hotel, casa, etc. Encontrei o ponto no térreo, mostrei minha reserva de hotel para o atendente, paguei e aguardei me chamarem pelo nome para entrar na van azul lotada de estrangeiros e americanos. Uma hora depois, já estava em Aventura – Miami. Me hospedei no Hampton Inn by Hilton, muito bom por sinal, localização fantástica, próxima do Aventura Mall e Halandalle Beach. Café da manhã excelente, não poderia deixar de aproveitar aquela fartura americana de carboidratos e gorduras logo pela manhã. Obviamente, me entupo de bacon, waffles e ovos. Barriga abastecida, comecei a me aventurar sozinho pela região, visto que meu amigo só chegaria na outro dia.

Acredito que pela proximidade do local, o primeiro ponto para conhecer seja o Aventura Mall, um shopping de estrutura fantástica, com as melhores marcas do mundo em um só local. Pensou em Chanel, Gucci, Prada, Hermes, Apple… tem de tudo, inclusive para os bolsos mais modestos (no meu caso) ficam as fast-fashion: Forever 21, H&M, Zara, etc. Sugiro dar uma conhecida na praia também, o mar de Halandalle Bch não é dos mais incríveis de Miami, porém vale a pena conhecer a orla, admirar as casas, tomar um sorvete. Voltando para o hotel, já cansado depois de fazer todo esse caminho a pé, vi uma loja da ROSS, como o próprio slogan diz “dress for less” deve ser um local carimbado em seu passeio, existe inúmeras em todo o país, inclusive em Miami, tire uma tarde para garimpar as peças, tem de tudo que você pensar com preços muito bons. É possível encontrar marcas como Calvin Klein, Ralph Lauren e Nike com preços imperdíveis. Com a chegada do meu amigo a vida noturna em Miami começou a se tornar realidade, fomos em direção a outro hotel buscar um garoto de Porto Alegre, amigo do Marcelo, que por sinal, não tinha ideia que no futuro seria outro grande amigo… Filipe que surpresa boa. Brasileiros em Miami, perdidos em uma região descolada com drinks tão fortes que nenhum dos 3 conseguiam beber até o final…. Conversas, risadas e um só objetivo: aproveitar aquilo tudo.

Outro dia, novos locais, bom essa era a expectativa… mas sabe quando um brasileiro vai no outlet? Então, agora imagina 3 brasileiros com gostos distintos. Entramos no carro em direção a 136th Ave, nas proximidades do famoso Sawgrass Millls Mall. Uauhhh, que monstro. Não sabia para onde olhar, onde entrar, o que comprar… um encantamento proporcionado pelo dólar R$ 2,OO praticado na época (hoje R$ 3,60).  Foram horas perdidas, exatamente 6h de divagação com alguns km percorridos, fome? Sim, bateu. Recomendo um clássico, Cheesecake Factory. Comi uma Santa Fé Salad (frango marinado no limão, milho, feijão preto, queijo, vinagrete com folhas verdes) e depois para finalizar uma CheeseCake Godiva Black. Sensacional.

Cansados? Sim.

Dispostos? Não.

Ficar quieto no hotel? Nãooooo !!!

De volta ao hotel, banho e sair para um rolê na famosa Lincoln Road, local de bares, hotéis de luxo, baladas e lojas para todos os bolsos. Indico paciência para achar um estacionamento na rua, caso contrário, prepare o bolso para desembolsar U$ 5-10 dol/hora em um estacionamento privado. Sugiro conhecer um local de muito bom gosto, Zuma Restaurant, ambiente descolado, atendimento excelente, sempre cheio de pessoas bonitas dispostas a disfrutar de uma comida japonesa com um sake. Não sai barato, mas como não vamos comer no Zuma todos os dias, vale a pena investir no local. P.S: Ribeye Steak com chips de alho. Ainda nas proximidades da Lincoln Rd, não deixe de conhecer a Dylan’s Candy Bar, uma loja de doce que facilmente te faz deixar algumas doletas por lá. Só por curiosidade a dona, Dylan Lauren é filha do estilista Ralph Lauren.

Após alguns dias de praia e barzinhos na Ocean Drive, tinha chegado o grande dia, ULTRA MUSIC FESTIVAL, David Guetta, Alesso, Afrojack, Avicii, Tiesto, Hardwell, Zedd e derivados no mesmo local. OMG! Primeiramente me assustei com a quantidade de pessoas, mas com o tempo, observei a organização grandiosa do evento, muito muito muito diferente de tudo que estamos acostumados em nosso país, desde acesso exclusivo para cadeirantes, com elevadores e rampas, banheiros limpos e espaços de descanso. Muito bacana. Assim a vida seguiu em três dias de festival, foi uma ótima experiência.

Não poderia deixar de comentar sobre o famoso Brunch no Cecconi’s aos domingos, grande variedade de frios, waffles, panquecas, frutos do mar, incluindo cortes de salmão e carnes finas. O aperitivo Senhor? Um Bellini, por favor. Posso estar enganado, mas creio que o valor fica na faixa de U$ 50 dol/pessoa. Comi tanto que não aguentei fazer nenhuma outra refeição no dia. Hahahaha.

Finalizando por aqui, vá bater perna pelo Miami Design District, um bairro com ótimas lojas de decoração, além de poder tirar umas fotos descoladas nas paredes grafitadas de Wynwood, na região tem várias lojas (Marshalls, Target, Ross, Footlocker, Five Guys) caso queira comprar alguma coisinhas antes de regressar ao Brasil. Terminamos, jantando no Barton G, restaurante com conceito ultra descolado, pratos grandes, apresentação irreverente, drinks com mixologia exótica utilizando nitrogênio líquido. Incrível. Um jantar diferente que seguramente vai te trazer boas recordações.

Marcelo, Filipe obrigado pelas lembranças.

Fica meu primeiro relato, abraço aos leitores e obrigado pelas mensagens de apoio.

Thiago Vieira de Moraes

                                                           

                                Viajar é trocar a roupa da alma. (Mario Quintana)

4 Comments

  1. muito bem escrito Thiago, a leitura faz a gente ter a sensação de estar contigo nessa aventura! E da vontade de testar cada experiência! Minha primeira experiência em Miami foi parecida, decidida sem muito planejamento, só na vontade inesperada de viajar e a sorte de estar com excelentes companhias! Parabéns pela página! 👏🏻☺️

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